sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Quer comprar um Jeep Renegade – confira

O Jeep Renegade não esconde que nasceu com pretensões de assumir a liderança do segmento de SUVs compactos, apesar da liderança até o mês de maio ser do Honda HR-V, seu principal concorrente. Rumo a esse objetivo, o Renegade movimentou milhões de reais em investimentos, ganhou uma fábrica própria no Brasil e fez a Jeep renascer como uma marca de volume dentro e fora do país.

A suspensão também tem seu mérito nesta característica: ela é firme sem ser dura, fazendo com que a carroceria não balance e se mantenha estável. O acerto robusto permite ao Renegade (quase) ignorar o asfalto maltratado, ruas de paralelepípedo, além dos buracos que encontra pelo caminho. Mas não abuse da versão 1.8 flex, achando que ela encara de boa uma trilha pesada: as variantes a diesel com tração 4×4 (o flex conta apenas com tração 4×2) são mais vocacionadas para a tarefa. Outra característica positiva é sua direção elétrica bastante suave, embora precisa, combinada com o volante de ótima empunhadura.


Por outro lado, o motor é o grande “Calcanhar de Aquiles” do Renegade: o 1.8 E.TorQ EVO é uma versão melhorada do motor usado no Bravo, Linea, Doblò e Punto, e ele sente o peso do pequeno Jeep. A sensação é de estar em um carro ainda mais pesado do que ele realmente é, evidenciando que este propulsor talvez seja subdimensionado para o carro. Contudo, na linha do “é o que temos para o momento”, este é o mais compatível com a proposta do carro dentro da filial brasileira do grupo FCA. Mesmo recebendo melhorias, e o sobrenome EVO, ainda é pouco para o Renegade.


Para tentar sanar o problema, o câmbio ZF de seis marchas tenta sempre trabalhar com rotações mais altas, chegando a reduzir para quarta marcha mesmo em leves aclives. Na cidade, seu comportamento é mais pacato, auxiliado pelas trocas quase imperceptíveis. O consumo não é nada animador: conseguimos uma média de 8,8 km/l com etanol em circuito 50% estrada e 50% cidade.


Enquanto os concorrentes assumem o estilo mais urbano (2008 e HR-V), ou apelam para artifícios como estepe na traseira (EcoSport) e para-lamas bojudos (Duster) para sugerir robustez, o Renegade se diferencia por carregar características dos verdadeiros jipes em seu DNA, sem precisar de artifícios. A cabine é evidentemente superior ao que se encontrava até então na categoria, no nível do HR-V.
Os materiais são bem encaixados e de qualidade, destacando a superfície emborrachada em grande parte do painel. Há também diversos porta objetos.
 O senão vai para o espaço restrito do banco traseiro, que fica próximo ao de um hatch compacto. Em compensação, os assentos são muito confortáveis e o dianteiro conta com bom apoio lateral. Destaque para a presença de uma tomada do tipo padrão brasileiro (opcional), bastante conveniente e útil para ligar eletroeletrônicos.


O Jeep Renegade faz de tudo para agradar, o conforto é garantido pela combinação de mimos no interior e pelo belo visual. O ideal seria que todo esse aconchego fosse acompanhado por um desempenho mais empolgante, que só não é possível por conta do motor 1.8 flex subdimensionado para seu peso. Resultado, o SUV compacto da Jeep acaba sendo um pouco mais lento do que o ideal.  O consumo também não é uma virtude, especialmente com álcool. Se preferir (e puder) aposte na versão a diesel.


Pós e Contras




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Fonte: http://autopolis.com.br/avaliacao-jeep-renegade-45287




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