O Jeep Renegade não esconde que nasceu
com pretensões de assumir a liderança do segmento de SUVs compactos,
apesar da liderança até o mês de maio ser do Honda HR-V, seu
principal concorrente. Rumo a esse objetivo, o Renegade movimentou milhões
de reais em investimentos, ganhou uma fábrica própria no Brasil e fez a
Jeep renascer como uma marca de volume dentro e fora do país.
A suspensão também tem seu mérito nesta
característica: ela é firme sem ser dura, fazendo com que a carroceria não
balance e se mantenha estável. O acerto robusto permite ao Renegade
(quase) ignorar o asfalto maltratado, ruas de paralelepípedo, além dos buracos
que encontra pelo caminho. Mas não abuse da versão 1.8 flex, achando que ela
encara de boa uma trilha pesada: as variantes a diesel
com tração 4×4 (o flex conta apenas com tração 4×2) são mais vocacionadas
para a tarefa. Outra característica positiva é sua direção elétrica
bastante suave, embora precisa, combinada com o volante de ótima
empunhadura.
Por outro lado, o motor é o grande “Calcanhar de
Aquiles” do Renegade: o 1.8 E.TorQ EVO é uma versão melhorada do motor usado no
Bravo, Linea, Doblò e Punto, e ele sente o peso do pequeno Jeep. A sensação é
de estar em um carro ainda mais pesado do que ele realmente é, evidenciando que
este propulsor talvez seja subdimensionado para o carro. Contudo, na linha
do “é o que temos para o momento”, este é o mais compatível com a proposta do
carro dentro da filial brasileira do grupo FCA. Mesmo recebendo melhorias,
e o sobrenome EVO, ainda é pouco para o Renegade.
Para tentar sanar o problema, o câmbio ZF de seis
marchas tenta sempre trabalhar com rotações mais altas, chegando a reduzir
para quarta marcha mesmo em leves aclives. Na cidade, seu comportamento é
mais pacato, auxiliado pelas trocas quase imperceptíveis. O consumo não é
nada animador: conseguimos uma média de 8,8 km/l com etanol em circuito 50%
estrada e 50% cidade.
Enquanto os concorrentes assumem o estilo mais
urbano (2008 e HR-V), ou apelam para artifícios como estepe na traseira
(EcoSport) e para-lamas bojudos (Duster) para sugerir robustez, o Renegade se
diferencia por carregar características dos verdadeiros jipes em seu DNA, sem
precisar de artifícios. A cabine é evidentemente superior ao que se encontrava
até então na categoria, no nível do HR-V.
Os materiais são bem encaixados e de qualidade,
destacando a superfície emborrachada em grande parte do painel. Há também
diversos porta objetos.
O senão
vai para o espaço restrito do banco traseiro, que fica próximo ao de um hatch
compacto. Em compensação, os assentos são muito confortáveis e o dianteiro
conta com bom apoio lateral. Destaque para a presença de uma tomada do tipo
padrão brasileiro (opcional), bastante conveniente e útil para ligar
eletroeletrônicos.
O Jeep Renegade faz de tudo para agradar, o
conforto é garantido pela combinação de mimos no interior e pelo belo visual. O
ideal seria que todo esse aconchego fosse acompanhado por um desempenho mais
empolgante, que só não é possível por conta do motor 1.8 flex subdimensionado
para seu peso. Resultado, o SUV compacto da Jeep acaba sendo um pouco mais
lento do que o ideal. O consumo também não é uma virtude, especialmente
com álcool. Se preferir (e puder) aposte na versão a diesel.
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Fonte: http://autopolis.com.br/avaliacao-jeep-renegade-45287
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