Falta pouco para a Amazon entrar de vez na guerra dos tablets. A gigante do varejo na internet, responsável pelo leitor de livros eletrônicos Kindle, pode começar a sua invasão até setembro, vendendo 5 milhões de unidades ainda neste ano – de acordo com analistas do setor de hardware da consultoria americana Canaccord Genuity. Mas será que ela vai obter sucesso?
Com uma tela de 9 polegadas e a promessa de rodar a versão 3.1 do sistema operacional Android, do Google, o aparelho – ainda sem nome – tem boas chances de bater de frente com rivais como Galaxy Tab 10.1, da Samsung, e iPad, da Apple. E oferecerá boas opções de produtos aos consumidores: a loja virtual de aplicativos Android Market e também os serviços de músicas e vídeos sob demanda da própria Amazon. É um pacote capaz de causar dor de cabeça ao pessoal da Apple, que distribui conteúdos pela plataforma iTunes.
O tamanho da Amazon, é claro, deve dar um grande impulso inicial ao novo tablet. Tem sido assim com o Kindle, em um mercado repleto de aparelhos rivais. De acordo com o grupo IDC, em 2010, mais de 12 milhões de leitores de e-books foram comercializados no mundo: só o Kindle abocanhou 48% desse mercado.
Ainda que não seja um sucesso absoluto, a nova empreitada da Amazon pode apimentar a briga entre os desenvolvedores de eletrônicos – que apostam nos tablets para substituir os pequenos netbooks e, eventualmente, até os notebooks e desktops de baixo custo. Outro fato interessante é que, se de fato ganhar escala no mercado, o tablet da Amazon pode criar um padrão aos dispositivos que usam o Android. Afinal, atualmente, a grande variedade de aparelhos, com dimensões diferentes, dificulta o trabalho dos desenvolvedores que criam aplicativos para a plataforma.
E você, acredita que o tablet da Amazon oferece perigo ao iPad?
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