Esportivo traz design elegante e três versões com emoções distintas.
Mesmo sem frio na barriga e sem opção manual, modelo se destaca.
"Um esportivo para se sentir vivo", este é o apelo definido pela Jaguar ao lançar o novo F-Type. Em outras palavras, é um carro que oferece a quem o dirige potentes motores, design marcante e status. Ao mesmo tempo, ele é uma importante ferramenta de marketing para a marca, que retoma a presença no segmento de esportivos de dois lugares, um ramo em que já foi referência há mais de 50 anos, com o clássico E-Type, até hoje considerado um dos carros mais bonitos já fabricados. Assista ao vídeo publicado pelo ProgramaAutoNeews.
A experiência em sua história aparece no purismo do design do esportivo, que abdicou de traços agressivos, comuns neste segmento, para adotar elementos retos e simples. Percebe-se o sutil trabalho da equipe de design no cuidado com as lanternas traseiras, formadas por uma linha reta de LED, o aerofólio, a maçaneta embutida na porta e o apoio de cabeça, desenhado para manter a fluidez das linhas externas do conversível.
Curiosamente, o carro traz três versões bem distintas, que mudam completamente a proposta de condução do carro. A primeira é a F-Type, que custa R$ 419.000, a segunda é a F-Type S, de R$ 479.900, e a topo de linha é a F-Type V8 S, com motor mais potente e preço sugerido de R$ 559.900. Segundo o presidente da Jaguar Land Rover América Latina e Caribe, Flavio Padovan, a meta é vender 50 carros até março de 2014, sendo 40% F-Type, 40% F-Type S e 20% F-Type V8 S.
O executivo ressalta ainda que a expectativa da Jaguar é de reposicionar a marca no mercado, atribuindo com o esportivo o conceito de jovialidade que há muito havia se afastado da linha de design e estilo da montadora inglesa. O objetivo, agora, é lançar outros modelos nesta linha esportiva. Faz parte também da nova estratégia da companhia o já lançado Jaguar XF, um sedã de entrada que sai por R$ 224.900, e um inédito SUV para a marca.
Na pista
O G1 avaliou as três versões em pista fechada na Fazenda Capuava, em Indaiatuba, no interior de São Paulo. Na oportunidade, foi possível avaliar a proposta de cada uma delas. De comum, elas levam motor dianteiro, transmissão central e tração traseira, arquitetura em alumínio, freios poderosos — a resposta é extremamente rápida — e transmissão de oito velocidades "Quickshift", com opção de mudanças sequenciais SportShift, tanto nas borboletas no volante quanto na própria alavanca ao centro.
Já o interior do modelo, segundo a Jaguar, foi concebido com uma filosofia orientada para o condutor. O que foi comprovado na pista. Embora seja um carro de conceito agressivo, por ser esportivo, ele acomoda o motorista de forma muito confortável em seu banco extremamente baixo. A posição de dirigir e os assentos tipo concha aumentam a facilidade para se acomodar e dominar o F-Type. Todos os comandos são acionados sem esforço físico para se esticar e estão em posições intuitivas.
A suspensão também não incomoda quem prefere carros mais macios, o que o torna um modelo equilibrado para ser conduzido de forma agradável tanto na pista quanto nas ruas. O esportivo mostra ainda um acabamento impecável, como materiais exclusivos. Destaque ao trabalho de harmonização das cores de botões, painel e revestimento das portas.
Além de entregar charme ao modelo, o spoiler eleva-se quando o veículo ultrapassa os 100 km/h e volta a sua posição original quando a velocidade for inferior a 65 km/h para melhorar a aerodinâmica.
No caso das versões “S”, elas trazem como destaque sistema de "escape ativo" e um programa Configurable Dynamics, que permite ao condutor adaptar diversas das características dinâmicas as suas preferências pessoais e inclui cronômetro e uma função que mede as forças G de aceleração lateral e longitudinal.
Versão F-Type
A opção mais básica é equipada com motor 3.0 V6 Supercharged a gasolina de 340 cavalos a 6.500 rpm. Ele acelera de 0 a 100 km/h em 5,3 segundos e atinge velocidade máxima eletronicamente limitada a 260 km/h. Não é a opção mais emocionante, porém é a mais barata. Na pista, a diferença para as outras duas versões é nítida, o que tira um pouco da graça de dirigir o modelo.
No entanto, se o objetivo não é aproveitar a estrada com o carro, a potência menor não vai fazer diferença ao desfilar pelas ruas. Aqui, o carro cumpre seu dever de estilo oferecendo trocas de marchas sem tranco, rápidos arranques e retomadas, o que se esperaria de um propulsor com 45,8 kgfm de torque.
Versão F-Type S
A diferença do motor de 340 cv para o mesmo 3.0 V6, só que de 380 cavalos a 6.500 rpm, é espantosamente nítida. Com esta calibração, o carro ganha outro comportamento e passa muito mais emoção em alta velocidade. O F-Type S acelera de 80 a 120 km/h em 3,1 segundos, necessita de 4,9 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h e atinge velocidade máxima eletronicamente limitada a 275 km/h.
É a partir desta versão que um sorriso emocionante estampa no rosto de quem sente os 46,9 kgfm de torque. O F-Type S disponibiliza ainda um sistema adicional para otimizar o arranque: o Dynamic Launch Mode. Com o veículo parado, o condutor pisa no pedal de freio e acelera simultaneamente para aumentar a rotação do motor até aparecer uma mensagem no painel de instrumentos que diz ‘Dynamic Launch Ready’. Nesse momento, o condutor apenas solta o pedal do freio, pisa fundo no pedal do acelerador e o veículo otimiza a aceleração.
Versão F-Type V8 S
A opção topo de linha do F-Type, com motor 5.0 V8 de 495 cavalos a 6.500 rpm e 63,7 kgfm de torque a 5.500 rpm, é reconhecida de longe, pelo ronco do motor — esteticamente, ela ganha dois escapes duplos nas extremidades, enquando o V6 traz um duplo ao centro.
O modelo faz de 0 a 100 km/h em 4,3 segundos, com 300 km/h de velocidade final, limitada eletronicamente. A acelerarção de 80 a 120 km/h se dá em 2,5 segundos. Tais números trazem agressividade ao modelo, que, neste caso, deixa de ser um carro de estilo e passa a se comportar como uma máquina para correr “de verdade”.
Apesar do poder do motor, o carro mostra fácil manobrabilidade e boa estabilidade nas curvas, auxiliado pelos sistemas eletrônicos de segurança.
ConclusãoUm ponto fraco do F-Type está na ausência de frio na barriga — apesar do motor V8 de ronco renovador de espírito —. algo que um Porsche 911 ou um Mercedes-Benz SLS 63 AMG Roadster dão (modelos bem mais caros, por sinal). Também falta uma opção com câmbio manual, mas a Jaguar afirma que estuda esta possibilidade.
No entanto, o espotivo de dois lugares conseguiu uma fórmula precisa de equilíbrio entre estilo e esportividade que sinuca seu principal concorrente “mais em conta”, o Porsche Boxter S. E, ao considerar os concorrentes mais caros, a imposição fica pelo inovador e premiado design, somado ao competitivo preço. Características que o torna sempre um forte concorrente ao se falar em esportivos de luxo no Brasil.
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Fonte: http://g1.globo.com/carros/noticia/2013/08/primeiras-impressoes-jaguar-f-type.html (com pequenas modificações).